quarta-feira, 30 de julho de 2014

A doença renal crônica é caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções renais.
 De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), um em cada dez brasileiros tem problemas nos rins e70% dos pacientes em diálise descobrem a doença tardiamente. E o sódio, presente no sal de cozinha e alimentos industrializados, é um dos principais fatores de risco.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo diário de até cinco gramas de sal (equivalente a dois gramas de sódio). O consumo médio do brasileiro é de 12 gramas por dia, mais que o dobro do recomendado. 
“É importante verificar o teor de sódio de alimentos industrializados e consumir aqueles com menores índices”, alerta Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da SBN. Vale lembrar que um grama de sal contém 400 mg de sódio.
A tendência de maior consumo de sal nos dias mais frios, decorrente de refeições mais calóricas e condimentadas, pode afetar a saúde do sistema cardiovascular e, consequentemente, do rim. Embora os rins sejam órgãos fundamentais na eliminação do excesso de sódio ingerido, quando há comprometimento da função dos rins a sua capacidade para filtrar e eliminar o excesso de sal é limitada.
“No inverno, as pessoas consomem mais alimentos condimentados e calóricos e 75% do sódio que elas ingerem vêm dos alimentos processados e industrializados”, afirma Rinaldi.
O consumo excessivo de sal provoca a hipertensão, que é reconhecida hoje como uma das principais desencadeadoras de doença renal crônica. O excesso de sal também aumenta os riscos da formação dos cálculos renais ou pedra nos rins.
Um acordo entre o Governo Federal e as associações que representam os produtores de alimentos processados estabelece um plano de redução gradual na quantidade de sódio presente nos alimentos industrializados. “A meta é uma queda anual de 6,9% no consumo médio de sal”, revela Rinaldi.
O acordo, que teve a participação de representantes das sociedades de nefrologia, cardiologia e hipertensão, é um passo fundamental para que seja atingida a recomendação de consumo máximo da OMS.
A meta é que o consumo médio de sal seja em torno de oito gramas em 2015, de seis gramas em 2019, e de cinco gramas a partir de 2021.
A insuficiência renal é uma doença silenciosa. “Geralmente, quando o paciente percebe os sintomas, a doença já está instalada em seus estágios avançados, quando já deve ser encaminhado para diálise ou mesmo transplante”, afirma Rinaldi. Ele recomenda que as pessoas façam o exame de creatinina, que pode detectar a doença renal em seus estágios iniciais e determinar o início do tratamento. 

Recomendações da SBN

-- Leia o rótulo dos alimentos para verificar a quantidade de sódio. Os fabricantes são obrigados a informar, no rótulo do produto industrializado, o teor de sódio no alimento. Alguns alimentos processados concentram tanto sódio que uma única porção tem quantidade superior à recomendada para ingestão diária.

-- Tire o saleiro da mesa. É recomendável salgar os alimentos na panela, durante o preparo, para ter controle da quantidade usada.

-- Substitua o sal por condimentos e ervas. Há uma série de alimentos naturais que acentuam os sabores dos alimentos e podem substituir o sal, como salsinha, alecrim, orégano, pimenta-do-reino, louro, hortelã, páprica e outros. 

Estatísticas

-- 50/100 mil habitantes é a prevalência de pacientes em diálise no país
-- 100 mil brasileiros em diálise
-- 31% dos pacientes em diálise são idosos de 65 a 81 anos
-- 70% dos pacientes em diálise descobrem a doença tardiamente
-- 2,2 bilhões de reais são gastos em tratamentos dialíticos
-- 15% é a taxa de mortalidade de pacientes em diálise
-- 50% é a taxa de mortalidade de IRA (Insuficiência Renal Aguda)
-- 1 em cada 6 hipertensos terá doença renal
-- Nefrite é a terceira causa de diálise no Brasil


Além de mascarar e agravar o problema, a automedicação pode causar
sérios danos no coração, no aparelho cardiovascular, no fígado e nos rins.

Mais uma vez devo esclarecer com detalhes os perigos da mania de alguns esportistas amadores de usarem, sem nenhum critério e cuidado, medicamentos de efeitos analgésicos e boa parte deles com os terríveis efeitos anti-inflamatórios. Infelizmente essa classe de medicamentos não tem controle na sua venda.
A automedicação é um hábito arraigado do brasileiro, criado pela dificuldade que tinha de acesso a um serviço médico e ganhou todas as escalas sociais. Os analgésicos e antitérmicos são adquiridos livremente e se não fosse a epidemia de Dengue, a maioria das pessoas nem imaginava que existem contraindicações graves quanto ao uso desses medicamentos.
Anti-inflamatórios não poderiam ser vendidos sem receita médica formal, além da inutilidade terapêutica em muitos casos e pode isto sim, atrapalhar a cura de lesões ortopédicas e outras. Os anti-inflamatórios, nas suas duas formulações mais comuns: esteroides ou hormonais como a cortisona e o não esteroides servem para tratamento de lesões inflamatórias ortopédicas, ginecológicas e outras, mas com indicação bem delimitada atualmente. Podem ter graves efeitos colaterais em vários órgãos como estômago, fígado, rins, coração e aparelho cardiovascular e já temos analgésicos com maior efeito anti-inflamatório na forma de capsulas com gel, de efeito imediato.
Problema
corredor medicamento pilulas eu atleta (Foto: Getty Images)Mascarar a dor com medicamentos é uma
solução ilusória

A dor é um alerta maravilhoso da natureza de que algo errado ou ruim está acontecendo. Aboli-la é ficar sem saber que se iniciou uma distensão muscular ou tendinite ou artrite, que irá piorar com a continuidade do exercício.
Vamos aos fatos. Mesmo sabendo que é uma medicação com efeitos colaterais sérios e que apenas um médico pode prescrevê-lo, virou moda tomar o anti-inflamatório no início de uma corrida para que não surjam dores. Uma pequena lesão muscular que não causa dor por causa da automedicação e então não impede a continuidade do exercício, vai acabar na piora dessa lesão, com graves sequelas.
De passagem falemos dos efeitos no coração e aparelho cardiovascular, que muitas vezes reage com arritmias, elevação da pressão arterial e em alguns casos até com isquemia cardíaca (angina ou infarto). O uso indiscriminado de anti-inflamatórios causa danos no fígado e os rins a médio e longo prazo, podendo provocar cirrose hepática e a temida insuficiência renal representada pela uremia.

Dicas

1 - Nunca se automedique, principalmente para dores ou outros sintomas. Pare a sua atividade física e procure um médico.
2 - Sempre consulte um médico do esporte para suas dúvidas clinicas e de medicação e um nutricionista nas dúvidas alimentares e de suplementação. Amigos e “terapeutas sem diploma” não tem conhecimento científico e sabem de ouvir falar. Cada caso é um caso.
5 - Cansou? Doeu? Então pare! Sua saúde é mais importante do que uma medalha.

O Blog Fenapar Atualidade está entrando no ar na data de hoje, e por isso contamos com a colaboração de todos. Aqui tudo o que é notícia, no que se refere a causa do paciente renal, será tratado de maneira ágil e prática.
Contamos também com o apoio dos nossos parceiros, que mais adiante estarão sendo descritos. Nossos pacientes, que terão seu espaço dentro desse blog e o mais importante é as nossas lutas e conquistas em favor dessa causa tão nobre que não existe recompensa pelo trabalho exercido.

Renato Padinha
Presidente FENAPAR